dois perdidos numa noite suja

sábado, junho 24, 2006

Argentina nas quartas


Diego Armando una Paradona: "Que pesadelo..."

O gol do mexicano Rafa Márquez, aos seis minutos de jogo, foi comemorado na redação quase vazia como se fosse do Brasil. E não só aqui: da janela, deu para ouvir o barulho de fogos na vizinhança da Cidade Nova.

Logo começaram as gracinhas para o jornal de amanhã. A capa do Esportes traria uma arte do ex-craque e ex-gordo Maradona com o texto do comercial de guaraná: "Que pesadelo..."

Mas o despertador, esse insensível, tocou logo. Quatro minutos depois da festa, Crespo empatou para a Argentina. Na prorrogação, Maxi Rodrigues despachou os sombreros.

¡Que vengan!

terça-feira, junho 20, 2006

Meu garouto


GATO MESTRE - Menor esperto

Brasil 0 x 0 Austrália. Intervalo. Julietsierra, o Pequeno, canta a pedra pelo telefone:

- Tem que botar o Fred.

Como o Fred é reserva do reserva, bravomike leva o palpite na galhofa e vai ver o segundo tempo. O fim da história é conhecido.

Ah, moleeeque!

sábado, junho 03, 2006

O novo integrante do clube dos sem-amigos



Nos últimos dias, o ex-banqueiro e ex-mecenas Edemar Cid Ferreira só tem visto seus advogados. Mesmo assim, com hora marcada. No mais, tem a companhia de outros presos do Centro de Detenção Provisória II, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Lá dentro, o tempo passa lento e a vida parece estática. Do lado de fora, o mundo que o milionário ergueu, os amigos que fez e as obras de arte que colecionou seguem seu curso. (...)

O ex-banqueiro almoça às 11 horas da manhã e janta às 17h30. A comida é igual para todos. Só nos fins de semana, quando há visitas, é possível mudar o cardápio: “A família pode trazer uma tupperware com uma refeição”, diz Santos. E que ninguém se atreva a pedir regalias. “Eu costumo tratar os detentos de forma igual, não distingo quem é ilustre. Já vi esse senhor, mas não falei com ele porque ele não pediu atendimento especial.”

A nova rotina de Edemar escapa aos velhos fiéis escudeiros. A cada telefonema para a nata das colunas sociais paulistanas, a reportagem de CartaCapital é surpreendida por um longo silêncio. A primeira frase, em geral, é: “Nem sou tão próximo assim dele”. Mas há variações.

O editor Pedro Paulo de Senna Madureira, vice do banqueiro quando ele assumiu a presidência da Bienal, em 1992, diretor da Brasil Connects (que promovia grandes exposições, como a de Picasso, na Oca), procurador de uma de suas empresas e parceiro de taças de Château Petrus, respira fundo: “Eu vou pedir a máxima discrição para você. Se puder evitar citar meu nome na sua reportagem, eu agradeço”. (...)

Ana Paula Sousa. CartaCapital nº 396. >>