Frescobol
TV Globo
Verão que se preze, no Rio de Janeiro, não começa sem uma boa discussão sobre o assunto mais chato que estiver disponível no momento. Este ano é a vez da gigoga. Ela invadiu as praias da Zona Sul, transbordando as lagoas da Barra da Tijuca, que o excesso de esgoto cru transformou em emissárias da vegetação aquática. Mas, se não fosse a gigoga, haveria outra queixa, como a revolta das vans, para abrir a temporada. Em outros anos, a honra coube aos arrastões na areia, aos mosquistos da dengue ou às filas de doentes nos hospitais que o governo federal abandonou nas mãos da prefeitura. (...)
É um tipo da notícia que eclode no verão, pontual como a jaca. Lá estava ela, por exemplo, no Globo desta sexta-feira, 13, página 18: “O cachorro dribla o casal que joga frescobol na arrebentação”. Os estatutos municipais do banho de mar ainda não pegaram, 89 anos depois do decreto de 1917 que, pela primeira vez, fixou horários para a população ficar na areia, impôs-lhe “a necessária decência e compostura” no vestuário e ameaçou os infratores com multas de até 20 mil réis.
Marcos Sá Corrêa, nominimo. Continua aqui
Verão que se preze, no Rio de Janeiro, não começa sem uma boa discussão sobre o assunto mais chato que estiver disponível no momento. Este ano é a vez da gigoga. Ela invadiu as praias da Zona Sul, transbordando as lagoas da Barra da Tijuca, que o excesso de esgoto cru transformou em emissárias da vegetação aquática. Mas, se não fosse a gigoga, haveria outra queixa, como a revolta das vans, para abrir a temporada. Em outros anos, a honra coube aos arrastões na areia, aos mosquistos da dengue ou às filas de doentes nos hospitais que o governo federal abandonou nas mãos da prefeitura. (...)
É um tipo da notícia que eclode no verão, pontual como a jaca. Lá estava ela, por exemplo, no Globo desta sexta-feira, 13, página 18: “O cachorro dribla o casal que joga frescobol na arrebentação”. Os estatutos municipais do banho de mar ainda não pegaram, 89 anos depois do decreto de 1917 que, pela primeira vez, fixou horários para a população ficar na areia, impôs-lhe “a necessária decência e compostura” no vestuário e ameaçou os infratores com multas de até 20 mil réis.
Marcos Sá Corrêa, nominimo. Continua aqui
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