dois perdidos numa noite suja

segunda-feira, maio 01, 2006

Na rede

Diz o Ivan Lessa que voltar ao Rio é como chegar numa festa em que todos já estão bêbados e ninguém sabe quem é o dono da casa. Ou alguma coisa assim, já que a antologia do Pasquim ficou em cima da cama, a algumas esquinas e muitas árvores daqui.

Abre parênteses. Tentei fazer a citação certa, mas o Google não ajudou:

"Ivan Lessa" + festa = 14.200 ocorrências
"Ivan Lessa" + bêbados = 206 ocorrências


Espero que tenha sobrado algo das outras 13.994. Fecha parênteses e vamos em frente.

Voltei ao Rio depois de três dias na serra; não estava tão divertido. Subi a escada, abri a porta da varanda e me deparei com duas novas engenhocas do meu avô: um aviãozinho de plástico, com jeito de brinde de festa, e um rótulo de cerveja importada. Ambos pendurados no telhado. Não pergunte sobre o rótulo, também não entendi.

Enquando o computador ligava, sentei na rede, na penumbra. E fiquei olhando os cavalinhos, os aviões e as araras.

Antes de chegar a alguma conclusão, levantei e acendi a luz.

2 Comments:

  • "Chegar ao Rio. É como entrar no meio da festa de um cara que você não conhece, sem saber se está no começo, no meio ou no fim. Daí a gente tem que beber muito e rápido pra ficar por dentro. E sair procurando os cantos onde estão as pessoas mais interessantes, quer dizer: os amigos".

    Outra:

    "Estrangeiro é o bairro em que moramos, estrangeira é a mulher que encoxamos no elevador, estrangeiros são nossos pais, nossos filhos. Nunca me senti em casa no Brasil, ninguém está em casa no Brasil: todo mundo foi até a esquina, todo mundo foi tomar um cafezinho".

    Gênio.

    By Anonymous Anônimo, at 4/5/06 00:41  

  • By Anonymous Anônimo, at 18/12/11 17:14  

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